#2 MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS - MACHADO DE ASSIS, PARTE 2

Literatura Oral 2024-09-23

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No último episódio, vimos que Brás Cubas escreve suas memórias depois de morto, por isso ele é um defunto autor. Seria um autor defunto se ele já escrevesse quando vivo e tivesse morrido. Mas ele primeiro morre, e depois se torna um autor. É um defunto autor, portanto.
Ficamos sabendo quando e de que morre Brás Cubas, que seu sobrenome não tem uma origem rica, mas que o pai dele manipulou a história desse sobrenome pra parecer fidalgo, que Brás morava sozinho quando da sua morte e soubemos da presença da Virgília, uma antiga namorada, que acompanha a sua passagem pro além, da onde ele terá suas pretensões literárias.
Na leitura do primeiro episódio, a gente pode perceber uma das principais características do escritor Machado de Assis: os narradores criados por ele falam com o leitor, com o provável leitor de suas obras. É bem comum esse narrador dizer algo do tipo, “caro leitor, faz como te aprouver” ou coisas do tipo. Esses narradores pressupõem um leitor implícito e estabelece com ele um diálogo. Em Memórias póstumas, no episódio passado, a gente viu o narrador dizer, por exemplo, que ia falar sobre uma alucinação que teve e que se o leitor quisesse podia pular aquela parte, mas que se tivesse só um pouco de curiosidade, que ficasse lendo. Isso é muito Machado de Assis.
Vimos também que eu não sei falar Francês, mas o Machado pelo jeito sabia, porque o romance traz algumas frases na língua... e hoje tem mais!
Vamos continuar com a leitura?

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