Facebook, Twitter e Google na mira do Congresso dos Estados Unidos, por causa da alegada ingerência Russa na campanha eleitoral de 2016.
Responsáveis dos três gigantes das redes sociais responderam às questões dos membros da sub-comissão contra o crime, do senado, e admitiram que poderiam ter feito mais na prevenção das contas e dos conteúdos que passaram nas respetivas plataformas.
O diretor jurídico de Facebook, Colin Stretch, afirmou: “a ingerência que constatámos é repreensível. Estes agentes estrangeiros usaram as nossas plataformas e outros serviços internet para semear a divisão e a discórdia e tentarem minar a eleição, o que é completamente contrário aos nossos valores e vai contra tudo o que o Facebook defende”.
Strecht confirmou que múltiplos atores russos publicaram conteúdos pagos ou gratuítos antes da eleição para semear a discórdia sob a capa de campanhas de causas sociais.
O conselheiro geral do Twitter, Sean Edgett, prometeu mudanças: “O abuso das nossas plataformas para a manipulação de eleições por parte de um estado, é um novo desafio para nós e estamos determinados a ultrapassá-lo. Hoje, queremos mostrar a esta comissão a seriedade com que enfrentamos esta nova ameaça, explicando o trabalho que estamos a fazer para percebermos o que se passou e garantir que não volta a acontecer”, declarou.
O Facebook, por exemplo, contou os conteúdos produzidos pela Internet Research Agency, uma empresa sediada em São Petersburgo, suspeita de trabalhar para os serviços secretos russos: 80 mil publicações em dois anos, que impactaram 126 milhões de utilizadores. O Youtube diz ter identificado milhões de vídeos.
Para os eleitos do congresso é preciso criar condições de controlo e segurança antes das legislativas de 2018. Alguns querem criar legislação mais apertada, mas os gigantes da internet preferem falar de autodisciplina, em vez de mais regulamentação.