Manifestação em Atenas assinala quarto aniversário do assassinato do rapper Pavlos Fyssas

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A polícia grega deteve oito manifestantes, na noite de sábado, na sequência de confrontos violentos entre as forças de segurança e grupos antifascistas, em Atenas.

A violência foi desencadeada por alguns dos participantes de uma manifestação pacífica convocada para assinalar o quarto aniversário da morte do rapper antifascista Pavlos Fyssas, conhecido por Killah P nos meios do hip-hop grego, foi esfaqueado por um grupo neonazi em Atenas.

Os manifestantes quiseram recordar também Heather Heyer, a jovem norte-americana de 32 anos morta recentemente em Charlottesville e exigir o encerramento da sede do partido nazi Aurora Dourada. Um grupo de manifestantes atacou a sede do Aurora Dourada com cocktails molotov.

#Athens, #Greece, 16.09.17: Riot During #Antifa Protest for Murdered Rapper #PavlosFyssas / #KillahP. YT Link: https://t.co/612JT5FGrg pic.twitter.com/pzjPhDOrzH— Insurrection News (@InsurrectNews) September 17, 2017

“A sede desta organização nazi tem de ser encerrada”, disse uma ativista, Alexandra Martini. “Eles não são um partido político, usam as instalações que ocupam para preparar ataques racistas. Da Grécia aos Estados Unidos, estamos aqui hoje para dizer que vamos esmagar o fascismo”.

O filho de Maria Kaskarika, Alexis Lazaris, de 24 anos, foi brutalmente agredido em março, depois de um grupo não identificado ter atacado um ramo do Aurora Dourada.

“Todas as pessoas têm que se opor aos nazis, independentemente das convicções de cada um, porque os nazis atacam toda a gente. Temos de ficar unidos e dar o exemplo aos movimentos antifascistas de todo o mundo”, disse Maria Kaskarika.

No dia 18 de Setembro de 2013, um grupo de duas dezenas de neonazis atacou, à porta de um bar em Atenas, o grupo onde se encontrava Pavlos Fyssas, de 34 anos. O rapper e três amigos que o acompanhavam tentaram fugir, mas um automóvel cortou-lhes o caminho. Terá sido o condutor, Giorgos Roupakias, de 45 anos, a esfaquear mortalmente Fyssas. Detido pouco depois na posse da arma do crime, Roupakias foi identificado como militante do Aurora Dourada.

O assassinato de Fyssas desencadeou um processo judicial contra militantes do Aurora Dourada acusados ​​de participar e dirigir uma organização criminosa. O julgamento de 69 membros, incluindo deputados do partido e o líder, Nikolaos Michaloliakos, começou em 2015. Está em questão o assassinato de Fyssas e outros ataques contra membros do sindicato PAME e contra imigrantes e opositores do Aurora Dourada.

Giorgos Roupakias aguarda em liberdade a sentença do tribunal, depois de ter completado em março de 2016 18 meses de detenção pré-julgamento.

“A violência da extrema-direita não parou em Pavlos Fyssas. Na primeira metade de 2017, a polícia grega registou pelo menos 27 ataques, alegadamento motivados por racismo, contra refugiados ou imigrantes. O número é provavelmente superior, pois muitas vítimas têm medo de denunciar os ataques”, relata o correspondente da euronews em Atenas, Michalis Arampatzoglou.

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