Desmond Tutu, o arcebispo da África do Sul laureado com o Prémio Nobel da Paz em 1984, juntou-se às vozes de protesto que apelam à também laureada e líder de facto do Governo birmanês, Aung San Suu Kyi, para fazer mais em nome da proteção da minoria muçulmana Rohingya.
Através de uma carta, publicada nas redes sociais, Tutu diz que não pode ficar calado face aos “horrores” em curso e à “limpeza étnica” no estado de Rakhine, do norte de Myanmar. Acrescenta que se “o preço político da ascensão ao mais alto gabinete público de Myanmar é o silêncio, o preço é seguramente demasiado alto.”
As we witness the unfolding horror we pray for you to be courageous & resilient again. #Rohingya #PrayForRohingya pic.twitter.com/BIDSYY9e1X— DesmondTutu Official (@TheDesmondTutu) September 7, 2017
Em resposta aos pedidos para retirar o Prémio Nobel, atribuído em 1991, a Aung San Suu Kyi, a presidente do Comité Nobel, Berit Reiss-Anderssen, disse, em entrevista, não lhe competir avaliar o que um laureado com Prémio Nobel faz depois de ser distinguido.
A líder birmanesa fala num “icebergue de desinformação.” Aung San Suu Kyi defende a forma como o Governo está a gerir a crise política, social e humanitária crescente.
As acusações de crimes contra a humanidade e suspeitas de genocídio multiplicam-se. As Nações Unidas estimam que mais de um milhar de pessoas, maioritariamente da minoria muçulmana Rohingya, podem ter morrido devido à violência no estado de Rakhine. Cerca de 164 mil pessoas fugiram da violência na Birmânia em menos de duas semanas e buscam agora refúgio no vizinho Bangladesh.
As acusações de crimes contra a humanidade e suspeitas de genocídio multiplicam-se. As Nações Unidas estimam que mais de um milhar de pessoas, maioritariamente da minoria muçulmana Rohingya, podem ter morrido devido à violência no estado de Rakhine. Cerca de 164 mil pessoas fugiram da violência na Birmânia em menos de duas semanas e buscam agora refúgio no vizinho Bangladesh.