A ONU está à espera que a Rússia dê luz verde a um novo plano para levar ajuda humanitária urgente à cidade sitiada de Alepo.
O presidente sírio reuniu-se hoje em Damasco, com o vice-presidente russo, Dmitry Rogozin.
Uma visita durante a qual Moscovo renovou o apoio ao exército sírio, sem pronunciar-se sobre uma nova trégua.
Os militares sírios acusaram os rebeldes de estarem a bloquear os armazéns com ajuda humanitária no leste de Alepo.
Uma informação desmentida pela ONU que afirma que desde a última distribuição, a 13 de novembro, que a cidade vive uma nova penúria de água e alimentos.
Um residente afirma:
“Esta é uma zona civil. E eles estão a lançar-nos rockets e bombas barril. Onde estão os países árabes e os muçulmanos? Eles não temem deus ao fazerem isto. Estão a matar crianças”.
A retoma da ofensiva do exército sírio há uma semana provocou a morte de pelo menos 141 civis no leste de Alepo.
O observatório sírio para os direitos humanos, denunciou um novo ataque com agentes químicos, esta terça-feira, em dois bairros da cidade.
A ONU voltou a alertar para a situação cada vez mais grave de 250 mil civis que permanecem na zona rebelde.
Para o porta-voz do gabinete dos assuntos humanitários da ONU, Jens Laerke:
“É absolutamente confrangedor e inaceitável estarmos a testemunhar o que acontece, quase em direto, as ações que são passíveis de ser crimes de guerra no leste de Alepo”.
A Unicef tinha apelado ontem ao fim dos ataques sobre hospitais na Síria, que colocaram fora de serviço as oito instalações de Alepo. A organização humanitária contabilizou 84 bombardeamentos sobre escolas em zona rebelde que provocaram pelo menos 69 mortos.