As forças iraquianas estão a preparar uma grande operação militar para reconquistar a cidade de Mossul, no norte do Iraque, das mãos do grupo Estado Islâmico.
Segundo fontes militares, citadas pelas agências internacionais, a operação, apoiada pela coligação liderada pelos Estados Unidos da América, terá início nos próximos dias. Estima-se que sejam necessários mais de 30 mil militares para retomar a cidade.
VIDEO: Iraqi army arriving in staging areas on the edge of KRG, gearing up for #Mosul offensive – ArmY_Iqpic.twitter.com/BmXyqoH7OC— Conflict News (Conflicts) October 14, 2016
“Chegámos esta madrugada. Viemos aqui para libertar Mossul. Vamos libertar a cidade e assegurar que aquelas famílias voltam para casa”, afirma Hisham Karim Khalaf, membro das forças especiais iraquianas.
De acordo com a coligação, têm-se intensificado os ataques aéreos contra as posições do Daesh, na região. Nas últimas duas semanas realizaram-se mais de meia centena de bombardeamentos.
Devido à complexidade da operação militar, as Nações Unidas estimam que mais de um milhão de pessoas serão afetadas.
“A ONU estima que, no pior cenário, Mossul possa representar a maior e a mais complexa operação humanitária, no mundo em 2016. Há muitas razões pelas quais é tão complexa. Espera-se que, no pior cenário, a operação prevista possa afetar entre 1,2 e 1,5 milhões de civis dentro da cidade”, informa a coordenadora humanitária da ONU para o Iraque, Lise Grande.
Cash-strapped U.N. faces huge challenges in Mosul offensive https://t.co/jyjVRthxni— Reuters World (@ReutersWorld) October 13, 2016
Mossul tem mais de 1,5 milhões de habitantes e tem sido o coração do autoproclamado califado do grupo Estado Islâmico desde 2014.
Nos últimos dias, a cidade tem sido palco de autênticas chacinas. A cúpula dos jihadistas executou 58 membros do grupo por suspeita de estarem a conspirar para boicotar a defesa do Estado Islâmico, na cidade, na batalha que se avizinha.
Exclusive: Islamic State crushes rebellion plot in Mosul as army closes in https://t.co/5gqc2SkBul— Reuters Top News (@Reuters) October 14, 2016