O governo da Colômbia e as FARC anunciaram um acordo histórico, bilateral e definitivo, que promete colocar fim a mais de meio século de conflito.
As delegações que representam o Governo de Bogotá e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia dizem que estão prontas para assinar o documento, esta quinta-feira, numa cerimónia, em Havana, Cuba. Presentes estarão o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, o comandante das FARC, Timoleón Jiménez, e representantes de países envolvidos nas negociações, como a Noruega, a Venezuela e o Chile.
#ElÚltimoDíaDeLaGuerra primer día para que se acaben detenciones arbitrarias: Carlos Velandia habla sobre su captura https://t.co/E0NZtkTs72— Timoleón Jiménez (@Timochenko_FARC) June 22, 2016
Este será o culminar de um processo negocial que ocorre em Cuba, há mais de quatro anos.
O acordo estabelece um plano para a relocalização de guerrilheiros em áreas acordadas e o abandono de armas sob a supervisão das Nações Unidas.
Aquele que foi considerado o conflito mais sangrento da América Latina, teve início em 1964.
Em mais de 50 anos a guerrilha foi sobrevivendo às várias ofensivas militares dos muitos Governos do país.
Desde o início do conflito 220 mil pessoas morreram e milhões foram obrigadas a abandonar as suas casas.
Nas últimas décadas centenas de pessoas foram raptadas. A mais conhecida foi a antiga congressista colombiana, Ingrid Betancourt, sequestrada em 2002 e libertada em 2008.