O presidente ucraniano reconheceu esta sexta-feira a falta de avanços na implementação dos acordos de paz nas zonas separatistas do leste do país.
Durante uma conferência de imprensa em Kiev, o chefe de Estado anunciou um acordo para enviar uma missão de policiamento da OSCE para a região até ao final do ano.
Uma condição essencial para que Kiev aceite a realização de eleições no território, previstas nos acordos de Minsk.
“Hoje assistimos a um grande êxito diplomático face ao acordo para mobilizar uma missão de polícia da OSCE. Um acordo que reúne não só o quarteto da Normandia (França, Alemanha, Ucrânia e Rússia), mas também a OSCE em Viena, sob presidência alemã. Os nossos parceiros alemães já iniciaram discussões para enviar uma missão de polícia para o território”.
As discussões estarão, no entanto, longe de estar concluídas, segundo a OSCE e quando a Rússia desmentiu ontem ter aceite o envio de uma nova missão para a zona desmilitarizada na região de Donbas.
Segundo um analista ucraniano:
“As missões que atualmente operam nas zonas de conflito não têm acesso a muitas das zonas que deveriam controlar. Os observadores da OSCE foram alvo de ataques. É óbvio que não se podem levar a cabo eleições nas regiões separatistas pois não são um território de liberdade”.
Os observadores internacionais denunciam um recrudescimento dos confrontos na região, apesar do frágil cessar-fogo.
O novo primeiro-ministro do país, Volodymyr Groysman afirmou que as eleições no território separatista só serão possíveis quando a Rússia cumprir as suas obrigações e retirar o seu apoio aos militares no terreno.