Dois escrutínios num espaço de duas semanas. No próximo domingo os ucranianos são chamados a votar nas eleições legislativas. Oito dias depois é a vez dos habitantes, das regiões de Donetsk e Lugansk, escolherem os deputados e um presidente.
Kiev diz que o escrutínio é ilegal.
“As falsas eleições legislativas e presidenciais, como lhe chamam, agendadas para 02 de novembro não respeitam a lei ucraniana. Além disso, o cessar-fogo na região foi violado e os observadores da OSCE, Organização para a Segurança e Cooperação na Europa não foram convidados a participar. Por todas estas razões, o escrutínio não vai ser reconhecido pelos países representados na cimeira de Milão” afirma Petro Poroshenko, chefe de Estado ucraniano.
O Parlamento ucraniano concedeu maior autonomia às regiões do leste do país, permitindo, a organização de eleições locais, mas não de legislativas ou presidenciais.
O primeiro-ministro da autoproclamada Republica Popular de Donetsk tem outra opinião.
“Infelizmente, a Ucrânia não quer passar do confronto militar ao confronto político. O acordo de Minsk não está a ser respeitado. Não houve um único dia em que não se registassem combates” refere Alexander Zakharchenko.
As eleições municipais no leste da Ucrânia, palco de confrontos entre separatistas pró-russos e forças governamentais, estão agendadas para 07 de dezembro.