Eurodeputados recebem explicações de Juncker sobre escândalo fiscal

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Jean-Claude Juncker apareceu, esta quarta-feira, à última hora, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, para prestar esclarecimentos de viva voz num debate agendado de emergência sobre o escândalo LuxLeaks.

O presidente da Comissão Europeia escapou à votação de uma moção de censura porque o partido da esquerda radical não conseguiu reunir suficientes assinaturas para a submeter.

A autora da moção foi a eurodeputada sueca Malin Bjork, que disse à euronews que “o Parlamento Europeu não é um tribunal, mas é um corpo político que dá e que pode retirar a confiança”.

“Temos aqui um político que apoia a privatização e os cortes no Estado social. Isso já é bastante mau, mas agora somos confrontados com esquemas de evasão fiscal. Se a Comissão Europeia liderada por Juncker não se importa com isto, temos de lhe fazer ver que tem a nossa desaprovação”, acrescentou.

Os acordos fiscais entre multinacionais e o governo do Luxemburgo – do qual Juncker foi primeiro-ministro e ministro das Finanças durante duas décadas – foram também aproveitados pelos políticos anti-União.

À margem de uma reunião sobre o euro, o populista italiano Beppe Grillo perguntou “por que é que Juncker foi eleito? Quem é que o nomeou? Vocês têm um presidente da Comissão Europeia que foi durante muito tempo ministro das Finanças de um paraíso fiscal e agora têm um inferno fiscal!”.

Juncker prometeu levar a cabo iniciativas para que haja mais convergência no regime de tributação das empresas em todo o espaço da União Europeia.

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