Não foi propriamente uma surpresa, mas a candidatura de Angela Markel a um quarto mandato também não foi recebida com muita emoção pelos eurodeputados, incluindo no grupo que pertence à mesma família política, o centro-direita.
O problema é a política de migração, segundo o eurodeputado conservador checo Tomáš Zdechovský: “Angela Merkel é problemática porque foi uma das grandes promotoras do sistema de quotas, que não funciona em toda a União Europeia”.
A eurodeputada alemã que é vice-presidente do grupo dos Verdes também criticou a política de migração, mas por ser insuficiente.
Ska Keller disse que “uma coisa boa que Merkel fez foi acolher na Alemanha os refugiados que estavam a enfrentar problemas na Hungria. Esta decisão foi muito boa. Depois, infelizmente, a política de asilo regrediu tal como é exemplo as restrições à reunificação das famílias”.
A eurodeputada socialista portuguesa Ana Gomes criticou o modelo económico de Merkel, questionando se “vamos permitir que a desigualdade cresça nos nossos países da zona euro e que, desse modo, alimente a narrativa populista que é tão destrutiva politicamente para a União?”
“Acho que a Alemanha tem uma enorme responsabilidade. Não podemos continuar com estas políticas de austeridade que, efetivamente, impedem o crescimento na UE”, explicou.