A 6,5 mil milhões de quilómetros da Terra, a sonda europeia Rosetta, com o seu passageiro Philae, chegou ao encontro marcado há dez anos com o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.
O momento do grande salto do Philae aproxima-se. Na quarta-feira, a Agência Espacial Europeia, ESA, vai tentar poisar o pequeno robô no corpo celeste. Durante as sete horas da descida vai estar sempre a enviar informações sobre as poeiras e geses que atravessar.
Os cientistas pretendem que os dados recolhidos na superfície do cometa permitam compreender melhor o aparecimento da vida na Terra.
Jeremy Wilks, acompanha o processo na ESA, para a euronews – Acreditamos, atualmente, que foram os cometas que trouxeram água para a Terra. Se observarmos bem a água do nosso corpo, a água que bebemos, ela pode ser a mesma água que chega à Terra nos cometas. Pensamos que algumas das complexas moléculas, alguns aminoácidos, podem ter chegado à terra através dos cometas. Se queremos perceber a origem do nosso sistema solar, a origem do planeta Terra, a origem da vida aqui, temos de saber mais sobre os cometas.
O Philae deve funcionar até março, mas está condenado a morrer quando o cometa se aproximar do sol. A Rosttte vai continuar a escortá-lo até à passagem do cometa perto do astro, no próximo mês de agosto.
Jeremy Wilks – Os resultados científicos da missão Rosetta vão ser conhecidos nos próximos meses, e mesmo nos próximos anos, provavelmente durante décadas vamos continuar a aprender com estes dados, o que é verdadeiramente importante para nos ajudar a conhecer quem somos.