Os bombardeamentos da coligação militar internacional não conseguem travar o avanço dos combatentes islamitas sobre a cidade síria de Kobani, junto à fronteira com a Turquia.
As forças do grupo Estado Islâmico encontrar-se-ão neste momento a menos de um quilómetro da cidade, defendida pelas milícias curdas, apesar de um novo bombardeamento ocidental esta manhã.
Em paralelo, no Iraque, as forças islamistas teriam lançado dois ataques esta quinta-feira, contra duas bases do exército que provocaram a morte de 17 militares e 40 jihadistas, segundo Bagdade.
A progressão dos islamitas na Síria nas últimas semanas levou mais de 160 mil curdos a procurar refúgio, do outro lado da fronteira, em território turco. Pelo menos 90% da população de Kobani terá abandonado a cidade.
Um refugiado sírio afirma, “viemos para este país onde somos tratados como prisioneiros. Abandonámos a nossa terra quando o inverno aproxima-se e vamos precisar de mantimentos. Precisamos de ajuda internacional”.
O avanço dos islamitas ocorre num momento em que a ONU denunciou os crimes de guerra levados a cabo pelo grupo Estado Islâmico no Iraque, entre execuções sumárias, rapto e venda de mulheres e recrutamento de crianças soldados.
A ofensiva armada provocou já mais de 10 mil mortos no Iraque, causando quase dois milhões de refugiados.