As vicissitudes da vida transformam-nos a certo momento dela numa canção poética (porque sofrida e por de mais insuportável) com atraentes e deslumbrantes sementes para o Futuro da Humanidade. A esperança está em nós, não vem de fora. Parte efectivamente de nós, do nosso imo, de modo a que o ranger de dentes não seja mais nosso, mas da treva que nos envolve - essa onda de preconceitos num obscurantismo obsessivo e retrógrado que nos invade e deseja sempre dominar-nos, alienados como estamos por uma sociedade competitiva e numa correria diabólica, muito bem explorada pelos abutres que nos comem a carne e a alma. Esta é uma ode alegórica à libertação imperiosa da mísera condição humana que afecta a grande maioria dos cidadãos a nível global neste planeta.