Flúor: vilão silencioso ou aliado indispensável? Neste vídeo investigamos, com base em estudos e documentos históricos, o que a ciência sabe sobre os efeitos do flúor no corpo humano e porque ele se tornou tão controverso.
Começamos com uma linha do tempo que mostra como o flúor saiu das fornalhas medievais de 1530 — onde já era usado para acelerar a fusão de metais — até chegar às torneiras em 1945, quando Grand Rapids, nos EUA, inaugurou a fluoretação da água potável. Abordamos a criação das primeiras pastas de dente com flúor, os testes clínicos que reduziram cáries em até 49 %, e a adoção da medida no Brasil, oficializada em 1974.
Na sequência, analisamos o principal benefício comprovado: a proteção contra cáries. Explicamos como o flúor reforça o esmalte, interfere na produção de ácidos bacterianos e pode cortar de 25 % a 40 % as lesões cariosas em comunidades expostas a baixas concentrações. Dentição saudável é qualidade de vida, mas até que ponto o “remédio” deixa de ser seguro?
Entramos nos efeitos adversos. Mostramos dados de fluorose dentária: 41 % das crianças norte-americanas, 59 % dos adolescentes mexicanos, 78 % dos eritreus e 27 % das crianças mineiras já exibem algum grau de manchas e porosidade. Explicamos como o excesso (≥ 0,05 mg/kg-dia) leva do aparecimento de pontos brancos à erosão marrom-amarelada, comprometendo a estrutura do dente.
O vídeo também detalha a fluorose óssea, doença degenerativa que torna ossos rígidos e articulações dolorosas após décadas de ingestão superior a 0,1 mg/kg. Trabalhadores de indústrias de alumínio e habitantes de regiões com águas ricas em flúor são os mais afetados.
Investigamos achados sobre a glândula pineal: estudos de Jennifer Luke revelaram concentrações 600 vezes maiores de flúor nesse tecido do que nos músculos, reduzindo a produção de melatonina e antecipando a puberdade em modelos animais. Discutimos possíveis consequências em sono, humor e envelhecimento.
Na tireoide, o flúor compete com o iodo, podendo provocar hipotireoidismo. Relembramos que sais fluorados já foram prescritos na década de 1950 para frear o hipertireoidismo e mostramos por que doses tidas como “seguras” podem ultrapassar aquele patamar terapêutico, trazendo sintomas de fadiga, depressão e ganho de peso — combustível para a tese de “controle das massas”.
Apresentamos meta-análises que ligam exposição pré-natal ou infantil a perdas de QI, incluindo a revisão de 2025 no JAMA que estima queda de 1,14 ponto por cada miligrama de flúor por litro urinário.
E quanto às alegações de uso em campos de concentração ou em complôs comunistas? Revisões historiográficas não encontraram registros confiáveis, indicando que essas histórias carecem de prova.
Por fim, colocamos lado a lado países que fluoretam e os que proíbem, listamos alimentos e medicamentos ricos em flúor e discutimos o ponto central: flúor é medicamento sem dose individualizada — é ético ministrá-lo pela água?