Há exato meio ano, cenas da maior enchente da história na Grande Porto Alegre rodavam o Brasil e o mundo. Entre elas, a que mostrava um avião cargueiro Boeing 727-200 totalmente ilhado no pátio do Aeroporto Internacional Salgado Filho.
O avião de prefixo PR-TTP, com 46 anos de uso, virou um dos símbolos da tragédia gaúcha. Ficou no mesmo lugar por pouco mais de um mês, até que a água baixou e ele pudesse ser transferido para outra área do aeroporto.
A água não atingiu os três motores do 727, que são mais elevados em relação ao irmão maior 737, por exemplo. No entanto, afetou totalmente o sistema de trem de pouso e invadiu o porão, onde ficam equipamentos indispensáveis para o voo.
A Total Linhas Aéreas, que operava o trijato PR-TTP até a noite de 3 de maio, não dá detalhes do impacto da enchente no avião. Mas confirma que o 727 que ficou em Porto Alegre não deve voltar a voar. A Total encerrou a operação do modelo em setembro.
Neste domingo (3) o avião continuava parado no pátio em frente ao hangar que, por décadas, abrigou uma das oficinas da Varig. A partir do Boulevard Laçador era possível ver que o trijato está sem ao menos dois motores. Aparentemente as janelas da cabine de comando estão com proteção extra contra luz e calor, indicando que tão cedo - ou talvez nunca - o Boeing 727-200 deixará o Salgado Filho pelo céu.
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