Um estudo realizado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e pelo SEST SENAT revelou que mais de 60% das rodovias brasileiras enfrentam problemas de conservação.

Dos 111.502 quilômetros de vias pavimentadas avaliadas, apenas 32% mantêm um estado de conservação considerado bom ou ótimo.

Embora o percentual de rodovias com problemas não tenha variado significativamente em relação ao ano anterior, a persistência desse cenário preocupa.

Em 2022, cerca de 66% da malha rodoviária era classificada como regular, ruim ou péssima, enquanto 34% mantinham padrões considerados ótimos ou bons.

O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, ressalta a urgência de investimentos para a reconstrução, restauração e manutenção das rodovias.

A qualidade das estradas não afeta apenas o setor de transporte, mas também impacta o preço do frete e dos produtos ao consumidor final.

Além disso, a má conservação contribui para o aumento do consumo de combustíveis fósseis e emissões de gases poluentes.

Estima-se que, em 2023, 1,139 bilhão de litros de diesel serão consumidos desnecessariamente devido às condições precárias das rodovias, resultando na emissão de 3,01 milhões de toneladas de gases poluentes.

O levantamento destaca 2.684 pontos críticos, incluindo quedas de barreiras, erosões, buracos, pontes danificadas e estreitas.
Essas condições comprometem a fluidez do tráfego, aumentam o risco de acidentes e geram custos adicionais ao transporte.

A urgência na abordagem desses problemas é crucial para garantir a segurança dos usuários e a eficiência do sistema rodoviário nacional.

Locução: Leonardo Lima / EM
Otávio Rangel / EM