Na solenidade de abertura da 24ª Conferência Nacional da Advocacia Brasileira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, destacou os desafios do populismo autoritário. Em seu discurso, ressaltou que o papel do STF não é agradar a todos, mas sim garantir a defesa da democracia. Barroso alertou sobre a natureza anti-institucional do populismo autoritário, que desafia as instituições sob o pretexto de representarem elites.
"O problema do populismo autoritário é o seu caráter anti-institucional sob o argumento de que as instituições representam as elites e o caráter anti pluralista, só nós representamos o povo ninguém tem o monopólio da representação do Povo, o povo é plural", afirmou o presidente do STF. Ele enfatizou a importância da Suprema Corte em limitar o poder das maiorias e enfrentar críticas, destacando que desagradar é parte fundamental do papel independente e corajoso de um tribunal.
Barroso concluiu, afirmando que "o prestígio de um tribunal não pode ser aferido em pesquisa de opinião pública porque quem quer agradar todo mundo não cumpre". Uma reflexão crucial em tempos de polarização, reforçando o compromisso do STF com a defesa das instituições democráticas e da diversidade de visões na sociedade brasileira.
Reprodução/OAB Nacional