Itabaiana é um município da Microrregião do Agreste de Itabaiana, na Mesorregião do Agreste Sergipano, no estado de Sergipe, no Brasil. É a quarta mais populosa cidade de Sergipe, ficando a 54 km da capital.
História
Até o século XVI, a região do atual município era habitado por povos indígenas do Brasil. Com a descoberta do Brasil pelos portugueses em 1500, a Coroa Portuguesa, visando à colonização do novo continente, em 1534 dividiu-o em capitanias hereditárias, tendo o território sergipano sido dado a Francisco Pereira Coutinho. Com a morte deste, seu filho, Manoel Pereira Coutinho, fracassando na exploração das terras, vendeu sua capitania à Coroa Portuguesa, em 1549. Em 1590, a expedição de Cristóvão de Barros liquida os indígenas e se inicia o processo de colonização portuguesa de Sergipe.
Datam, dessa época, as primeiras notícias de terras doadas a sete lavradores para colonizarem as cidades circunvizinhas do rio Sergipe. Através de sesmarias (terrenos que eram concedidos pelos reis de Portugal e pelas autoridades coloniais portuguesas a sesmeiros – colonos ou cultivadores), as terras são repartidas entre os colonos, oriundos de Portugal e da Bahia.
Por essa época é que se dá início propriamente dito ao povoado de Itabaiana, com a distribuição de imenso número de sesmarias em suas terras, notadamente aquelas situadas à margem do rio Jacarecica. Os colonos contemplados com tais sesmarias, se espalhando em sítios pelas margens do rio, vão fundar o Arraial de Santo Antônio, a primeira povoação de Itabaiana, na região hoje conhecida por Igreja Velha, a uma légua do atual Centro da cidade de Itabaiana, erguendo-se uma capela, fundando a Irmandade das Santas Almas. Esta capela é registrada no mapa de Caspar Barlaeus, durante a invasão holandesa, datado provavelmente de 1641, data em que os holandeses pesquisaram ouro na Serra de Itabaiana.
O local onde se encontra hoje a sede do município, conhecida no século XVI como Caatinga de Ayres da Rocha, era primitivamente um sítio de propriedade do pároco de São Cristóvão, padre Sebastião Pedroso de Góes, que o vendeu em 9 de julho de 1675, por Rs. 60$000 (sessenta contos de réis), à Irmandade das almas de Itabaiana, sob a condição de, nele, ser edificado um templo sob a invocação de Santo Antônio e Almas de Itabaiana. Segundo Sebrão Sobrinho, a intenção do padre Sebastião era ver concretizada a criação da Freguesia de Santo Antônio e Almas de Itabaiana e, para tanto, mister se fazia que a igreja fosse edificada em terreno próprio. Como a capela de Santo Antônio estava edificada numa fazenda de propriedade particular, jamais a freguesia pôde ser criada.
Com a venda da caatinga de Ayres da Rocha à Irmandade, foi edificada a Igreja de Santo Antônio e Almas de Itabaiana, passando, para este lugar, a sede da vila, que até então funcionava na Igreja Velha.