Durante uma celebração religiosa no domingo de Natal, o padre Júlio Lancellotti justificou a importância da representação negra do menino Jesus. No sábado (24/12), o religioso publicou uma foto na qual segurava uma escultura do filho de Deus que foge do imaginário coletivo de um Jesus branco. A publicação dividiu opiniões nas redes sociais.
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“A maioria da população brasileira é afrodescendente. Não adianta fazer o menino Jesus loirinho, branquinho e com cabelinho lisinho. É preciso que ele seja semelhante à maioria do nosso povo. O Brasil é afro-ameríndio. Somos descendentes dos povos africanos e das nações indígenas. Menino Jesus negro é o retrato do povo brasileiro, que precisa de vida, com justiça, renda básica e libertação”, declarou durante celebração religiosa na Universidade São Judas (unidade Mooca), em São Paulo.
O padre havia sido acusado de promover uma “militância” e tentar “mudar a história” após postar uma foto com a escultura do menino Jesus negro nas mãos. Para Lacellotti, os comentários de desprovação podem ser entendidos como “racismo estrutural”.
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