O funeral da jornalista palestina-americana Shireen Abu Akleh começou com caos nesta sexta-feira, 13, quando a polícia de Israel disparou granadas de efeito moral e espancou os enlutados com cassetetes, depois que um grupo tentou carregar o caixão nos ombros em vez de deixá-lo ser carregado por um carro funerário.
No final do dia, a multidão em torno do hospital onde o corpo da jornalista estava havia aumentado. Os enlutados chamaram a reunião de uma impressionante demonstração de unidade nacional, motivada pela morte de uma jornalista que estava sendo saudada como um ícone, com um rosto familiar em todo o mundo árabe, e a mais recente vítima, segundo eles, da ocupação israelense de décadas.
Abu Akleh, correspondente do canal de notícias Al Jazeera, foi morta a tiros na quarta-feira enquanto cobria um ataque militar israelense na Cisjordânia. A rede e as autoridades palestinas disseram que ela foi baleada por tropas israelenses. Israel disse que foi pega no fogo cruzado. Depois de dizer que os atiradores palestinos são os mais prováveis responsáveis, os militares disseram na quinta-feira que estão examinando a possibilidade de um de seus soldados ter disparado.
O funeral marcou o segundo dia de eventos em homenagem a Abu Akleh, que trabalhou na Al Jazeera por mais de duas décadas. Uma cerimônia em Ramallah na quinta-feira atraiu uma multidão de vários milhares de enlutados da Cisjordânia, muitos dos quais soluçaram e correram para tocar o caixão.
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