A polêmica da primeira curva do GP da Catalunha de MotoGP segue dando o que falar. 12º no grid, Takaaki Nakagami largou como um míssil e tentou ganhar cerca de dez posições na primeira freada, mas tudo que conseguiu foi um strike duplo: já que derrubou Francesco Bagnaia e Álex Rins em uma única tacada. No caso do italiano, foi um duro golpe na classificação do Mundial. Para o espanhol, o resultado foi uma fratura no punho esquerdo.
Nakagami, que deu com a cabeça no pneu traseiro da Ducati de Pecco em um lance absolutamente apavorante, o incidente não passou de um susto. O titular da LCR passou a noite em observação em uma UTI local, mas não apresentou alterações e nem teve lesões constatadas. Taka também escapou de um puxou de orelhas dos comissários, que consideraram um incidente normal de corrida.
Os colegas, porém, não viram as coisas do mesmo prisma. Fabio Quartararo, Jorge Martín e Johann Zarco, o trio do pódio no domingo, repreendeu a manobra, assim como Franco Morbidelli, Pecco e Livio Suppo, o chefe da Suzuki, que chegou a protestar, mas foi ignorado pelos comissários.
Juliana Tesser comenta como a polêmica de Barcelona coloca em xeque a direção de prova da MotoGP e mostra que os comissários falham no básico na hora de preservar a integridade daqueles que são a alma do espetáculo.