O ano de 2015 marca o fim da chamada “era Kirchner” na Argentina.
Em 2003, Nestor Kirchner foi eleito presidente do país. Em 2007, apoiou e elegeu sua mulher, Cristina Kirchner, que governou por dois mandatos.
O Kirchnerismo teve de enfrentar uma das piores crises econômicas da história argentina, após o país declarar insolvência em 2001.
A partir do desastroso legado neoliberal de Carlos Menem, Nestor e Cristina conseguiram reconduzir o país a um ciclo de crescimento e promoveram significativos avanços na distribuição de renda e no acesso a direitos sociais.
O período ficou marcado pela redução da pobreza e do desemprego.
Por outro lado, diversos setores da sociedade argentina criticam a atual gestão econômica do país, que enfrenta atualmente um déficit fiscal recorde, da ordem de 7% do PIB.
Com o discurso de oposição ao Kirchnerismo, Mauricio Macri venceu o candidato de Cristina, Daniel Scioli, e promete um novo ciclo de liberalização econômica.
Com a volta do projeto neoliberal ao poder no nosso maior vizinho, o que muda para o Brasil e para o Mercosul? Qual é o futuro da Argentina?
Convidado: Igor Fuser.
Jornalista, doutor em Ciência Política pela USP e professor de Relações Internacionais da UFABC.