O desastre em Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015, é um dos maiores acidentes com barragens da história.
O volume de rejeitos despejados no meio ambiente, cerca de 60 milhões de metros cúbicos, é maior que a soma de todos
Os acidentes que aconteceram nos últimos 100 anos.
A tragédia colocou em evidência a discussão sobre a responsabilidade das empresas em desastres ambientais.
De um lado, movimentos sociais pressionam para que as mineradoras paguem pela reconstrução e pelos prejuízos causados por rompimento de barragens e outros desastres.
Além disso, ambientalistas cobram políticas públicas para garantir que tragédias não voltem a acontecer.
Por outro lado, as empresas afirmam que investem alto no desenvolvimento de práticas sustentáveis e injetam bilhões na economia.
Se punidas, irão deixar de criar empregos e impulsionar o crescimento econômico.
Mas afinal, é possível ter equilíbrio entre o desenvolvimento das mineradoras e o meio ambiente?
Convidado: Marijane Lisboa
Doutora em ciências sociais pela PUC de São Paulo, Marijane é pesquisadora de meio ambiente, direitos humanos e relações internacionais.