A humanidade convive com os transtornos mentais há séculos. Na renascença, os doentes eram banidos e condenados a vagar de cidade em cidade ou eram colocados em navios sem destino certo. Na Idade Média foram confinados em asilos e hospitais que não diferenciavam deficientes, pessoas com doenças venéreas, mendigos e libertinos.

Phillippe Pinel, francês pioneiro no tratamento de doenças mentais, propôs no século 18 outra forma de tratamento: os manicômios destinados apenas a estes doentes. Sua filosofia era a “Reeducação dos Alienados”. O médico tinha função disciplinadora. Com o passar do tempo a ideia original se perdeu e ficou apenas a rigidez no atendimento que, no século XIX, descambou para banhos frios, chicotadas, máquinas giratórias e sangrias.

Foi só a partir da segunda metade do século XX que um psiquiatra italiano, Franco Basaglia, revolucionou a visão da doença mental e teve forte influência na psiquiatria brasileira. Atualmente há quem queira, por aqui, um retorno aos tempos medievais. E há os humanistas que resistem.

A luta antimanicomial é o tema do Bom Para Todos.​