Em Salvador, no Museu de Arte Moderna da Bahia, Solar do Unhão, a fotógrafa paulistana radicada em Paris, Lúcia Guanaes, faz uma exposição fotográfica intitulada “Transfigurações” enfocando como tema os homens que se vestem como mulher no carnaval soteropolitano. As Fotos retratam travestis, transexuais, transformistas, travestidos, etc. e abrange o período de 1999 à 2006. A mostra é dedicada ao mestre da UFBA, prof. Ângelo Barroso, de saudosa memória, ardoroso fãn do carnaval e criador da personagem Lilith Bergerac que em todos os dias da festa momesca saía às ruas com uma fantasia diferente, belíssimas mas sempre espalhafatosas. Aberta à visitação pública, o acervo poderá ser visto até o dia 14 de Setembro quando acontecerá a VII Parada do Orgulho Gay da Bahia. A artista Lúcia Guanaes é formada pela École Nationale Supérieure dês Arts Décoratifs da França e premiadíssima na sua especialidade. Na exposição “Transfigurações” da Lúcia Guanaes, foi fácil identificar algumas das personalidades retratadas, uma delas, e cuja foto chamou bastante a atenção dos parisienses, é a da “Crossdresser” Poison, que na vida real é um profissional liberal aposentado, com quase 2 metros de altura, exímio maquiador e que venceu em 2007 o Concurso de Miss Bahia G 50 Graus, num certame voltado para a Beleza Gay exclusivo para “candidatas” acima dos cinqüenta anos de idade. Outra popular entre nós soteropolitanos é a foto da “Saltitante” , a drag Fabianne Galvão, já uma terceira e que não teve a boa sorte é a mulata “ Princesa Letízia”, que agora vive no andar de cima defenestrada que foi na Cidade Baixa e acabou virando estatística do GGB contra a Homofobia. Contatos com a artista www.luciaguanaes.com ou www.marccelus.com