TROPA DE ELITE FEMININA PORTUGUESA

Antonio Gonçalves 2017-11-19

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Na sua primeira deslocação ao Exército enquanto Chefe de Estado, Cavaco Silva elogiou o “profissionalismo e competência” das tropas para enfrentarem “tarefas difíceis e com algum risco” em zonas “onde existe grande instabilidade”.
Os militares abordados pelo Presidente da República são os próximos a partir para o estrangeiro, encontrando-se também prevista uma rendição na Bósnia.
Em Agosto, voa para o Kosovo o 1.º batalhão de pára-quedistas, sedeado no Regimento de Infantaria n.º 15, em Tomar. São 300 e ficarão em Pristina, a fim de render um batalhão da Brigada Mecanizada e realizar missões de patrulhamento, entre outras, no âmbito da força internacional de manutenção da paz.
O grupo incluirá Fátima Pereira, de 24 anos, que já esteve na antiga Jugoslávia em 2004. “É muito gratificante. Colocamos os conhecimentos em prática e contactamos com outras culturas”, disse. Por cá, a família vai esperar com paciência os telefonemas que amansam a preocupação. “É preciso pensar positivo”, recomenda Fátima Pereira.
Mais riscos do que esta soldado de Ourém vão correr os 150 militares do 2.º batalhão de pára-quedistas, sedeados em S. Jacinto, Aveiro, que em Setembro aterram no Afeganistão e rendem uma companhia de comandos. Conforme sublinhou ontem Cavaco Silva, sobretudo no Sul do Afeganistão o grau de ameaça é elevado. “Confio nas vossas capacidades”, apoiou o Presidente da República.
O treino para estas missões decorre há bastante tempo e antes da partida estes 450 militares farão em Beja um último teste de operacionalidade.
A cerimónia de ontem assinalou a primeira formatura da recém-criada Brigada de Reacção Rápida, que inclui todas as forças especiais do Exército.
CAVACO FALA PARA CABUL
Durante a visita à base de Tancos, o Presidente da República manteve uma conversa de dez minutos, por video-conferência, com o tenente-coronel Gonçalves Soares, destacado no Afeganistão, onde comanda 157 militares. “Como é que tem evoluído a situação de segurança em Cabul?”, começou por perguntar o Chefe de Estado. Gonçalves Soares explicou que há um decréscimo de incidentes na capital, mas admitiu que a expansão para o Sul será complicada. Ainda preocupado com a rotina das tropas, Cavaco Silva quis saber se têm contactos com as populações afegãs e na terceira e última pergunta indagou: “Os meios de comunicação à disposição permitem aos seus homens contactar as famílias aqui em Portugal?”. A resposta foi positiva. Satisfeito, o Presidente agradeceu o empenhamento em nome da Pátria e despediu-se com votos de boa sorte.
BRIGADA REACÇÃO RÁPIDA
450: pára-quedistas da Brigada de Reacção Rápida do Exército preparam-se para missões no Kosovo e no Afeganistão
300: militares voam em Agosto para o Kosovo. São o 1.º batalhão de pára-quedistas do Regimento de Infantaria n.º15
150: militares aterram em Setembro no Afeganistão. É uma companhia do 2.º batalhão de pára-quedistas, de S. Jacinto
1800: eram os homens e mulheres que ontem integraram a primeira formatura da Brigada de Reacção Rápida (Brig RR)
3000: é o efectivo da Brig RR, que inclui todas as tropas de elite do Exército: pára-quedistas, comandos e operações especiais
636: são os militares do Exército actualmente integrados na Força de Resposta da NATO.
MISÕES DAS TROPAS PORTUGUESAS NO AFEGANISTÃO E NO KOSOVO
KOSOVO
- Portugueses: 307 militares da Brigada de Reacção Rápida
- Força internacional: KFOR (Kosovo Force)
- Perigos da missão: Tensões étnicas, conflitos entre grupos da população
- Partida do próximo contigente: 300 pára-quedistas em Agosto de 2006
AFEGANISTÃO
- Portugueses: 161 militares Comandos e Controladores Áereos da Força Aérea
- Força Internacional: ISAF (International Security Assistence Force)
- Perigos da missão: ataques terroristas, extremistas islâmicos .

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