O Tratado Transpacífico de Comércio Livre vai continuar, garantiram os 11 ministros do fórum da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), em comunicado.
O acordo esteve em risco após a retirada dos Estados Unidos da América, em janeiro, por Donald Trump.
Em Danang, no Vietname, na cimeira da APEC, o presidente norte-americano retomou o discurso de “a América primeiro”, defendendo acordos bilaterais em detrimento de acordos multilaterais.
Com um discurso protecionista, assegurou que não vai deixar que os Estados Unidos continuem a ser prejudicados e que lhe fora garantido que “em breve todos se comportariam de forma justa e responsável”. Donald Trump denunciou, ainda, “abusos comerciais crónicos” e avisou que os Estados Unidos “não os vão tolerar mais”.
Trump says Indo-Pacific "must not be held hostage to a dictator's twisted fantasies of violent conquest" https://t.co/HhuIWu5Yhz #APEC pic.twitter.com/1T8r2YwIF0— Bloomberg (@business) November 10, 2017
Com um discurso divergente, o presidente chinês defendeu uma maior abertura da economia, afirmando que a globalização é uma tendência irreversível.
Xi Jinping salientou que os países “devem continuar a promover uma economia aberta que beneficie todos. A abertura traz progresso, enquanto o auto-isolamento é um atraso.” O chefe de Estado chinês sublinhou que “as economias da Ásia-Pacífico, conhecem isso muito bem devido à própria experiência de desenvolvimento”.
A Cooperação Económica Ásia-Pacífico reúne 21 economias da região do Pacífico, que juntas equivalem a cerca de 60% do Produto Interno Bruto mundial.