O Conselho de Segurança da ONU condenou unanimemente a violência em Myanmar, que já obrigou 600 mil pessoas da comunidade Rohingya a fugirem para o Bangladesh.
O embaixador italiano, Sebastiano Cardi, que preside ao conselho, apelou ao governo da antiga Birmânia para que tome medidas imediatas no respeito dos Direitos Humanos
“O Conselho de Segurança apela ao governo de Myanmar que garanta que não haverá mais uso excessivo da força militar no estado de Rakhine, que reponha a administração civil e aplique a lei e que tome medidas imediatas de acordo com as obrigações e o compromisso de respeito dos Direitos Humanos”.
O embaixador de Myanmar junto das Nações Unidas, Hau Do Suan, respondeu:
“Estamos muito preocupados com a adoção da declaração presidencial sobre a situação em Myanmar. Pensamos que essas alegações esforçam-se por ser equilibradas e refletir a realidade, contudo não reconhecem suficientemente os esforços do governo de Myanmar para enfrentar os desafios do estado de Rakhine. É também um ataque contra um estado membro, baseada em acusações e provas falsas.”
A líder nacional, Aung San Suu Kyi, visitou há cinco dias, pela primeira vez, o estado de Rakhine desde que começou o ataque dos militares aos muçulmanos Rohingya, há dois meses. As autoridades birmanesas negam a existência de limpeza étnica.