Domingo "vermelho" na Rússia com centenas de opositores detidos

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A véspera do aniversário da revolução de Outubro na Rússia foi marcada, este domingo, pela detenção de centenas de opositores ao presidente Vladimir Putin.

A operação de polícia, em Moscovo e São Petersburgo, ocorre depois de um dissidente nacionalista russo, Viatchesav Maltsev, refugiado em França, ter apelado a manifestações para derrubar o atual presidente do país.

As autoridades russas afirmam ter igualmente apreendido várias armas durante a intervenção contra as manifestações não autorizadas.

Dois dias antes da data do aniversário da revolução bolchevique de 1917, os comunistas russos desceram igualmente ao centro de Moscovo para depositarem uma coroa de flores junto ao mausoléu de Lenine, sem serem importunados pela polícia.

Para o líder do PC Russo, Gennady Zyuganov: “A revolução de Outubro e Lenine representam uma política que permitiu reunir um país devastado sob a forma de um país unificado – o grande estado da União Soviética que foi uma inspiração para todo o planeta”.

Uma militante da formação, afirma: “Algumas coisas melhoraram, mas há ainda muita injustiça. O rico cada vez mais rico e os pobres cada vez mais pobres”.

A comemoração “vermelha” contou com a presença de várias delegações internacionais, entre nostalgia e músicas revolucionárias. Trata-se de um dos raros eventos autorizados pelo Kremlin que tinha encerrado ao público o mausoléu de Lenine, quando rejeita comemorar oficialmente uma revolução que, para Vladimir Putin, representa, “a pior catástrofe geopolítica do século XX”.

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