O presidente deposto do Governo regional catalão, Carles Puigdemont, afirmou-se disposto a “cooperar plenamente” com a justiça belga no âmbito do mandado europeu de detenção emitido esta semana pela justiça espanhola.
O antigo governante e alguns membros do executivo regional foram para a Bélgica, depois da destituição da Generalitat, decidida pelo Governo de Madrid após a declaração unilateral de independência.
A meio da semana, alguns deles regressaram a Espanha, mas Puigdemont e outros membros da sua equipa não.
O Ministério Público belga confirmou ter recebido mandados de detenção de Puigdemont e outros quatro antigos governantes, cabendo agora a um juiz a decisão de os mandar prender ou não.
Uma vez que seja designado um juiz de instrução e os “interessados sejam encontrados e levados perante o juiz, este terá 24 horas para tomar uma decisão” sobre as Ordens Europeias de Detenção e Entrega.
Na quinta-feira, o Ministério Público espanhol pediu à Audiência Nacional para emitir um mandado europeu de detenção contra Carles Puigdemont.
Os ex-membros do governo regional da Catalunha estão a ser acusados dos delitos de rebelião, sedição e desvio de fundos, arriscando-se a penas que poderão ir até 30 anos de prisão.
Com Lusa