Convocar novas eleições presidenciais no Quénia no prazo de 90 dias. É o apelo lançado pelo líder da oposição que já classificou o escrutínio desta quinta-feira como uma farsa.
A ausência de reformas na Comissão Eleitoral, que responsabiliza pelas irregularidades nas presidenciais de agosto levou Raila Odinga – que lidera uma coligação de partidos e movimentos da oposição – a boicotar a repetição do escrutínio.
Odinga aponta o dedo ao Presidente cessante, Uhuru Kenyatta
“Penso que as eleições foram fraudulentas, essa é a melhor forma de descrever o escrutínio. Não foram verdadeiras eleições. Estima-se que três milhões e meio de eleitores tenham ido às urnas, mas Kenyatta ultrapassa os sete milhões. Pelo que só pode ser um esquema” afirma o líder da oposição.
Números que segundo Odinga indiciam irregularidades, tal como aconteceu com aconteceu no escrutínio realizado em agosto e posteriormente anulado pelo Supremo Tribunal
Os confrontos entre as forças da segurança e apoiantes da oposição que tentaram bloquear o acesso às assembleias de voto voltaram a eclodir esta quinta-feira. Desde agosto, os confrontos terão provocado entre 50 e 67 mortos.