Campo de refugiados de Samos à beira da rutura

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Desde 2015 que a ilha grega de Samos tem recebido milhares de refugiados e migrantes. A ilha conta apenas com um campo de refugiados com capacidade para albergar até setecentas pessoas, vivem lá mais de duas mil e quatrocentas.

O objetivo do campo seria apenas de alojar por alguns dias os migrantes provenientes da Turquia a fim de serem registados. Muitos contudo ficam no local durante meses.

A situação gera tensões entre a população local.

A falta de espaço é o principal problema e muitos recorrem a tendas e a outros materiais para construírem abrigos.

«A situação é péssima. Como podem ver, muitos vivem em tendas. Não há instalações suficientes para todas as pessoas. Muitos adoecem à medida que o inverno avança. Todos os dias a situação piora”, afirma Naween Rahimi, um migrante proveniente do Afeganistão.

Todas as manhãs, os refugiados fazem fila para receberem pão, leite, fruta e geleia oferecidos diariamente pelo exército grego.

Mas o camaronês Rene Jzan tem outras prioridades e prefere frequentar uma aula de inglês. O pintor de 27 anos, originário dos Camarões, quer chegar à Suíça e abrir o seu próprio estúdio.

«Não sonhávamos com isto. Deixámos os nossos países por razões de segurança. Tínhamos esperança de encontrar uma vida melhor. A única coisa que desejo é sair daqui. Já passaram cinco meses e não sei nada sobre o meu caso”, afirma Rene.

A sobrelotação do campo é tão grave que pelo menos trezentas pessoas foram obrigadas a montar as suas tendas no exterior.

Os proprietários das terras reclamam mas os refugiados não podem afastar-se para longe de forma a terem acesso a água e alimentos.

O repórter da euronews Apostolos Staikos adianta:
«Em agosto e setembro, cerca de 2000 refugiados e migrantes chegaram a Samos através da Turquia. O único campo de refugiados da ilha encontra-se agora em estado de emergência, uma situação que apenas se agravará com o avançar do inverno.

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