A ilha de Malta juntou-se este domingo numa manifestação de unidade em torno da memória da jornalista e bloguista assassinada há uma semana, Daphne Caruana Galizia.
A jornalista, de 53 anos, escreveu no seu blogue pouco antes de morrer: “para onde quer que nos viremos, há criminosos. A situação é desesperante”.
O secretário-geral dos Repórteres Sem Fronteiras, Christopher Deloire, disse durante a manifestação: “Lembram-se, há três anos saímos para as ruas de Paris, na sequência dos assassinatos do Charlie Hebdo. E agora estamos em La Valletta por Daphne e toda a gente pode dizer: Eu sou Daphne”.
Daphne Caruana Galizia era considerada nos media internacionais como uma espécie de wikileaks por si só. Investigava sobre corrupção política e financeira, tráfico de droga e também as ligações entre a ilha de Malta e os Panama Papers.
Entre os seus alvos estavam muitos elementos da esfera do governo. O primeiro-ministro prometeu fazer tudo para encontrar os autores e mandatários do crime e ofereceu uma recompensa de um milhão de euros a quem tiver informações que levem a encontrar os culpados.