O balanço dos feridos nos confrontos na Catalunha, em dia de referendo, vai já em cerca de 850.
Desde o início da manhã as forças da ordem começaram por encerrar, pela força, diversas assembleias de voto. O dia foi marcado pela violência nas ruas.
O referendo foi proíbido pelo Tribunal Constitucional e o governo de Madrid reforçou a segurança com membros da Guardia Civil vindos de outras regiões. Resultado, os confrontos entre civis e polícias sucederam-se ao longo de todo o dia.
O ministro do Interior espanhol, Juan Ignacio Zoido, anunciou que as autoridades “neutralizaram” 70 centros de votação na Catalunha e bloquearam o sistema de voto eletrónico.
Perante o caos nas ruas das cidades catalãs, o presidente do governo de Madrid, Mariano Rajoy, afirmou que as “forças de segurança fizeram o seu dever na Catalunha, respeitando o mandato da justiça”.
Apesar de cerca de metade das assembleias de voto não terem funcionado, ao final do dia contavam-se votos em vários sítios
Os defensores da independência clamam, apesar de tudo, vitória e, em conjunto com os sindicatos, apelam a uma greve geral na próxima terça-feira.
O braço-de-ferro entre Madrid e os separatistas catalães mergulhou a Espanha numa crise política sem precedentes e sem fim à vista.