De um lado as negociações de paz em Genebra, do outro o chamado mecanismo internacional, imparcial e independente (IIIM) para chamar à justiça os criminosos de guerra na Síria. As maratonas negociais desta quinta-feira ficaram marcadas promessa de uma nova conferência de Bruxelas sobre a Síria no próximo ano. Uma iniciativa a cargo da União Europeia
O enviado especial da ONU para as negociações de paz (na Síria) insiste na necessidade de retomar o processo político. “Para isso é preciso mudar a vontade de o Governo de negociar. Até agora falámos sobre como nos preparar para a negociação, mas hoje não estamos a falar de confrontos. Se queremos ajudar a Síria a reconstruir-se é preciso que haja um processo político” afirma o enviado especial da ONU para as negociações de paz na Síria, Staffan de Mistura.
A última ronda de negociações de Genebra ficou marcada por quatro pontos: a redação de uma nova Constituição, a transição política, a realização de eleições e a luta contra o terrorismo. Alguns defendem que os intervenientes não invocaram um dos aspetos mais importantes.
“Uma das deficiências das negociações de Genebra prende-se com o facto de não dar prioridade à responsabilidade perante a justiça, para reparar os danos causados às vítimas. De Mistura falhou ao não entregar nada sobre os detidos na Síria“defende Mohammad Al Abdallah diretor executivo da SJAC.
O chamado mecanismo dos três “i’s” atua em colaboração com a Comissão Independente Internacional de Investigação na Síria e tem por objetivo recolher e analisar provas referentes a violações e abusos dos direitos humanos.
Michela Monte, euronews: “Os países presentes na reunião promovida pela EU reiteraram o compromisso de implementar as promessas no valor de 5,6 mil milhões euros acordadas na Conferência de Bruxelas. O IIIM, mecanismo internacional, imparcial e independente conseguiu 2,5 milhões de euros graças ao compromisso assumido em Nova Iorque pela Noruega.