O Tribunal Constitucional de Espanha suspendeu, na quinta-feira, a lei aprovada na quarta-feira pelo parlamento catalão, que permite a convocação de um referendo sobre a independência da Catalunha. O Tribunal bloqueou a lei para permitir que os juízes avaliem se o voto viola a constituição do país.
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, recebeu o líder socialista, Pedro Sanchez, e o líder do partido centrista Ciudadanos, Albert Rivera.
Tanto a direita, como os socialistas e os centristas argumentam que uma região não pode decidir sozinha sobre a sua independência e que quando está em jogo a unidade do país, cabe a todo o povo espanhol decidir.
“O governo sabe que pode contar com o apoio total do Partido Socialista para garantir o estado de direito face àqueles que o querem quebrar”, garantiu Adriana Lastra, vice-secretária general do PSOE.
“Vamos travar o golpe contra a democracia e fá-lo-emos com a democracia, com leis democráticas. Sem hesitação. Porque somos um país democrático e sabemos que contamos com diferentes instrumentos para agir”, disse Rivera.
O Procurador-Geral de Espanha anunciou processos legais contra todo o governo catalão e os responsáveis do parlamento regional que submeteram a voto a lei sobre a organização do referendo adotada na quarta-feira com urgência e face ao desacordo da oposição catalã.
Entretanto, em Barcelona, o executivo catalão acelerou os preparativos para o escrutínio. O referendo realizar-se-á e “nenhum conselho de ministros nem nenhum tribunal poderão suspender a democracia”, disse o presidente do governo da catalunha, Carles Puigdemont.