Com AFP e DR
A Dinamarca e a Eslováquia fazem agora parte da lista composta por vários países europeus afetados pelo caso dos ovos contaminados por fipronil, o inseticida na orígem do escândalo que deu origem a uma investigação nos Países Baixos e na Bélgica.
Cerca de 20 toneladas de ovos contaminados com elevados níveis de fipronil, com origem na Bélgica, foram vendidos na Dinamarca, segundo as autoridades. A Eslováquia diz ter detetado em território nacional ovos contaminados, importados dos Países Baixos e que chegaram ao país via Alemanha.
Nos Países Baixos, foram detidos dois gestores da empresa que terá aplicado o produto em centros de produção. O Ministério Público holandês não divulgou, no entanto, o nome da empresa em causa, que vários media nacionais dizem ser a ChickFriend.
Na Bélgica, foram levadas a cabo buscas em onze locais distintos. A investigação centra-se em 26 pessoas e várias empresas suspeitas. A informação foi avançada pela Procuradoria de Antuérpia, na região da Flandres (norte).
Segundo as autoridades belgas, pelo menos 6 mil litros de produtor probibidos foram encontrados numa empresa belga. Neste caso, a Justiça Federal não revelou o nome da empresa, mas os media belgas afirmam tratar-se da Poultry-Vision.
As autoridades sanitárias europeia preocupam-se pelos riscos que a utilização do antiparasita fipronil pode representar para a saúde humana.
Foi no passado dia 20 de julho que a Bélgica lançou o alerta, tendo vários aviários sido fechados pelas autoridades e milhões de ovos retirados do mercado, como medida de prevenção.
Para além dos países mencionados, também o Reino Unido, a Alemanha, a Roménia, o Luxemburgo e a França terão recebidos lotes de ovos contaminados.
As investigações tanto na Bélgica como nos Países Baixos estarão na origem de mais de 150 milhões de euros em perdas. Pelo menos 160 aviários holandeses e 50 centos de produção belgas encontram-se encerrados. Na Bélgica, o Governo Federal prometeu ajudas ao produtores.
O fipronil é utilzado contra parasitas nos animais domésticos, mas a União Europeia proíbe a sua utilzação em animais de produção destinados a consumo humano ou parte da cadeia alimentar.
Utilizado em grandes quantidades, é considerado como portador de risco tóxico médio para os Seres Humanos, segundo a Organização Mundial da Saúde.