O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu a necessidade de reatar as negociações israelo-palestinianas com vista a uma solução de dois estados, frente ao primeiro-ministro israelita, de visita a França.
Benjamin Netanyahu participou nas cerimónias do aniversário da detenção e deportação de mais de 13 mil judeus franceses no velódromo d’Hiv, em Paris, em 1942.
Uma oportunidade também para Macron voltar a reconhecer a responsabilidade de França no episódio da segunda guerra mundial face às tentativas de revisionismo da extrema-direita.
“Eu rejeito o tom reconciliatório daqueles que hoje pretendem que o regime de Vichy não era a França”, afirmou Macron.
Os dois responsáveis condenaram ainda o racismo e antissemistismo, com Netanyahu a insistir na necessidade de uma aliança para lutar contra o terrorismo, segundo ele, que “quer destruir a civilização europeia”.
À margem da cerimónia, Macron mostrou-se menos conciliador ao condenar a colonização israelita dos territórios palestinianos, prometendo ainda permanecer vigilante sobre a aplicação do acordo nuclear iraniano, uma das principais preocupações do governo israelita.