O signo da percepção não seria, portanto, um "dicissigno", mas um reuma. Enquanto o dicissigno erigia um quadro que isolava e solidificava a imagem, o reuma remetia a uma imagem que se tornava líquida, e que passava através ou sob o quadro. A consciência-câmera tornava-se um reuma, porque se atualizava numa percepção fluente e atingia assim uma determinação material, uma matéria-fluente. Entretanto, a escola francesa mais indicava que assumia este outro estado, esta outra percepção, esta função de vidência: salvo em suas tentativas abstratas (das quais faz parte Taris, Roi de l´Eau, de Vigo), a escola francesa fazia dela não a nova imagem, mas o limite ou o ponto de fuga das imagens-movimento, das imagens-média, no âmbito de uma história ainda sólida. (L'image-mouvemente, 1983, p. 116)