Evgueniy Nikulin, o ciber-pirata detido em Praga pela polícia checa e pelo FBI, poderá ser extraditado para a Rússia ou para os Estados Unidos. A decisão do tribunal foi anunciada esta terça-feira.
O advogado de Nikoulin, Ilya Makeev, já fez saber que o hacker, de 29 anos, não quer ser enviado para os Estados Unidos:
“Vamos apelar da extradição para os Estados Unidos. Mas não temos objeções quanto à extradição para a Rússia”, afirmou logo após o anúncio da decisão.
Evgueniy Nikulin, detido no dia 5 de outubro do ano passado, em Praga, é suspeito de ter orquestrado piratagens informáticas por conta de Moscovo para influenciar a campanha eleitoral das presidenciais dos Estados Unidos .
Logo após a detenção, Moscovo tinha acusado Washington de perseguir os seus cidadãos, mas logo a seguir as autoridades russas lançaram um mandato de detenção acusando o pirata informático de fraude na internet.
O advogado de Nikulin declarou que o FBI acusou o seu cliente de ter piratado as redes sociais Linkedin, Formspring, assim como o serviço de armazenamento e partilha de ficheiros, Dropbox.
O suspeito foi submetido a dois interrogatórios pelos agentes dos serviços americanos de investigação – em novembro de 2016 e fevereiro de 2017 – e, de acordo com o advogado, os agentes tentaram convencê-lo a confessar os ataques informáticos contra o Partido Democrata.
O caso segue agora para o Supremo Tribunal da República Checa e a última palavra sobre o país de extradição caberá ao ministro checo da Justiça.