Pistas Sobre Danos Causados Pelo Zika Podem Estar Equivocadas Em Casos De Gêmeos

RisingWorld 2017-05-07

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Pistas Sobre Danos Causados Pelo Zika Podem Estar Equivocadas Em Casos De Gêmeos
A razão pela qual João Lucas foi açoitado pelo vírus e sua irmã não, é, por enquanto, um mistério Quando João Lucas e sua irmã gêmea nasceram
em agosto de 2015, sua mãe, Neide Maria Ferreira da Silva, não sabia que ele tinha microcefalia nem danos cerebrais, conta ela.
Em uma visita, no outono passado, à casa cor verde-esmeralda de Valéria, em uma uma rua de terra e com o 23º salmo pendurado
em uma parede amarela, Ana Vitória deu uma volta, segurando uma fatia de pão de ló em uma mão, batendo na mesa com a outra.
Os irmãos são um dos nove grupos de gêmeos identificados na crise do vírus Zika no Brasil, e os cientistas esperam que eles
possam esclarecer como o vírus funciona em geral e por que inflige danos implacáveis a alguns bebês e a outros não.
Vanessa Van der Linden, que ajudou a descobrir que o vírus Zika causa microcefalia e tratou alguns gêmeos, disse que uma explicação pode ser que, em alguns casos de gêmeos fraternos, o Zika cruzou
ambas as placentas, mas os gêmeos tinham diferenças genéticas que influenciaram o porquê de apenas um deles ter sido infectado ou "o porquê de os bebês reagirem de forma diferente ao vírus".
Esses compromissos incluem visitas a um psicólogo, que mostra a João Lucas um painel de quadrados pretos e brancos para
estimular a sua visão e esfrega a criança com uma esponja coberta com palitos de sorvete para estimular o tato.
Determinar por que um gêmeo foi infectado no útero e o outro não, pode esclarecer como o Zika atravessa a placenta, como
entra no cérebro, e se algumas mutações genéticas tornam um feto mais resistente ou mais suscetível à infecção por Zika.

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