Centenas de milhares de pessoas manifestaram-se, esta sexta-feira, em várias cidades do Brasil, durante a primeira greve geral em 21 anos no país.
O protesto, convocado pelos sindicatos, pretendia denunciar as reformas do atual governo conservador ao nível da lei laboral e do sistema de pensões.
EMOCIONANTE!Mais de 70 mil pessoas seguem agora à casa de Michel Temer em São Paulo. #TôDeGreve#BrasilEmGreve pic.twitter.com/d27uGiMwqD— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) April 28, 2017
As marchas foram marcadas por atos de vandalismo e confrontos esporádicos entre grupos de radicais e a polícia, à margem dos protestos, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Pelo menos 21 pessoas foram detidas em São Paulo, onde um grupo de manifestantes protagonizou confrontos com a polícia frente à casa do presidente Michel Temer, que se encontrava em Brasília.
A demissão do atual presidente foi uma das palavras de ordem da mobilização.
Segundo os sindicatos, a greve teria tido uma adesão de 45%, em especial nos setores da indústria automóvel e petrolífera, assim como em escolas ou bancos.
O governo brasileiro relativizou os protestos, falando de “fracasso” e de “mobilização insignificante”.
(AI) Presidente Temer comenta manifestações, lamenta bloqueios em avenidas e reafirma compromisso com as reformas: https://t.co/2FEiqCWCKX— Michel Temer (@MichelTemer) April 28, 2017
Michel Temer afirmou que não vai ceder aos protestos, em nome do combate à recessão económica, no mesmo dia em que o desemprego batia um novo recorde no país, ao atingir mais de 14 milhões de pessoas.
Na sua conta Twitter a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff saudava o movimento social, como o exemplo, segundo ela, de que, “o povo brasileiro é valente e é capaz de resistir a mais um golpe”.
A #GreveGeralNoBrasil mostra que o povo brasileiro é valente e é capaz de resistir a mais um golpe. #BrasilEmGreve— Dilma Rousseff (@dilmabr) April 28, 2017
A mobilização em defesa de direitos trabalhistas e previdenciários une os trabalhadores e mostra a força da sua resistência. #BrasilEmGreve— Dilma Rousseff (@dilmabr) April 28, 2017