O Supremo Tribunal da Rússia deliberou esta quinta-feira que as Testemunhas de Jeová são uma organização extremista e que devem entregar todas as propriedades ao Estado, segundo agências noticiosas russas.
A decisão implica a cessação da atividade religiosa do grupo em território russo, onde se calcula haja 170 mil crentes, e o encerramento de 395 locais de culto.
Sergei Cherepanov, representante das Testemunhas de Jeová, declarou à agência Interfax a intenção de recorrer no Tribunal Europeu de Direitos Humanos.
Após a deliberação jurídica, a reacção de um outro representante, Yaroslav Sivulsky, foi de choque: “Estou realmente chocado, pois não esperava que algo assim fosse sequer possível na Rússia moderna, onde a Constituição garante a liberdade de religião mas, na vida real, vemos que nem a Constituição nem as leis são respeitadas”.
As publicações do grupo religioso foram consideradas na Rússia como literatura extremista e incluídas numa lista de leitura banida.
Em todo o mundo há cerca de oito milhões de testemunhas de Jeová. São contra o serviço militar e transfusões de sangue, mas é a primeira vez que são considerados um grupo extremista.