“Segura que eu quero ver!”. Com permissão de Galvão Bueno, seu bordão explica o Brasil. Coutinho pega a bola, dribla, vai pra cima, dribla de novo, tabela e gol. Neymar pega a bola passar por um, por dois, dribla, chuta e gol. Assim foi construída a vitória por 3 a 0 – completada por Marcelo, após sublime troca de passes – sobre o Paraguai, que selou a classificação para a Copa do Mundo, com a ajuda do Peru, que venceu o Uruguai. Uma equipe que tem posse de bola, mas não fica no passinho pra cá, passinho pra lá. Gosta do drible, e quanto mais apanha, mais dribla. A segurança coletiva permitiu que o talento de Coutinho e Neymar, apesar de um pênalti perdido, decidissem.
PRIMEIRO TEMPO
Um jogo tranquilo, mas não fácil. O Paraguai não mostrou força para atacar, mas conseguiu tirar espaços do Brasil com um time bem compacto e faltoso. Neymar apanhou duas vezes em quatro minutos. Saiu da esquerda para o meio, continuou driblando e atraindo a marcação, tanto que deixaram Coutinho, na direita, no mano a mano. O garoto do Liverpool arrancou, levou para dentro, tabelou com Paulinho e bateu de esquerda, no cantinho.
SEGUNDO TEMPO
Neymar voltou para o gramado sem jamais ter feito um gol no Paraguai, e decidido a mudar a história. Na primeira arrancada, foi derrubado e o árbitro peruano Victor Carillo marcou pênalti. O goleiro Antony Silva defendeu a cobrança do craque. O melhor estava por vir. Numa disparada sensacional pela esquerda, a jato, Neymar deixou dois para trás, invadiu a área e, enfim, colocou o Paraguai na lista de vítimas. O camisa 10 ainda teve um gol anulado por impedimento, mas participou, com Coutinho e Paulinho, do golaço de Marcelo. O Brasil podia ter feito mais. Mas fez a alegria e o orgulho do brasileiro. Nada melhor que isso.