Na África do Sul, o parlamento foi palco de cenas de luta livre. Aquela que deveria ser uma sessão para apresentação do discurso do Estado da Nação por parte do presidente Jacob Zuma transformou-se um espetáculo de pancadaria.
Mal começou a falar, Zuma foi permanentemente interrompido por membros do Partido dos Lutadores da Liberdade Económica, de Julius Malema, que tomaria pouco depois a palavra: “À nossa frente está um homem incorrigível, podre até ao caroço e até o Tribunal Constitucional o diz”, disse o deputado da oposição. As cenas de pancada começaram quando a presidente do parlamento mandou os seguidores de Malema deixar a sala.
This is simple: One becomes a president on the basis of an oath, and once you break an oath, you are no longer a president. It’s #FearFokol!— Floyd Shivambu (@FloydShivambu) February 9, 2017
Jacob Zuma, envolvido em vários casos de corrupção antes e depois de ter assumido a presidência da África do Sul e acusado de violação de uma jovem, é a figura mais controversa da cena política da África do Sul pós-apartheid.
Prevendo grandes manifestações no exterior do parlamento, que aconteceram, o presidente mobilizou 400 soldados para o protegerem. Só não contava com a balbúrdia que acabaria por gerar-se no próprio hemiciclo.