Angela Merkel será a candidata dos conservadores alemães às eleições gerais de 24 de setembro. A decisão foi anunciada esta segunda-feira pelos líderes da União Democrata-Cristã (CDU) e da União Social-Cristã (CSU) da Bavária, depois de um encontro de dois dias em Munique.
Para o presidente da Baviera e da CSU, Horst Seehofer, a candidatura de Merkel é o antídoto certo contra a coligação “vermelho-vermelho-verde” – entre o partido de esquerda radical Die Linke, os sociais democratas do SPD e os Verdes:
“Queremos evitar uma coligação vermelho-vermelho-verde. A proximidade entre o CDU e o CSU permite uma aliança que constitui o melhor obstáculo contra prevenção contra a coligação vermelho-vermelho-verde.”
A ascensão nas sondagens de Martin Schulz, o candidato do Partido Social Democrata (SPD) e ex-presidente do Parlamento Europeu, forçou os conservadores à reconciliação.
A União Social Cristã (CSU) – o partido irmão da União Democrata-Cristã (CDU) na Baviera, tem criticado Merkel desde que a chanceler decidiu permitir a entrada de mais de um milhão de refugiados na Alemanha nos últimos dois anos.
A CSU exigiu durante os últimos meses de 2016 que fosse instaurada uma cota máxima de 200 mil refugiados anuais para evitar que se repetisse a situação de 2015, quando chegaram à Alemanha 890 mil requerentes de asilo, a maioria dos quais através da Baviera.
A chanceler não cedeu, alegando que o direito de asilo está inscrito na constituição da Alemanha.
Martin Schulz veio obrigar a CSU a esquecer estas divergências.