O Banco de Inglaterra (BoE) reviu em alta as previsões de crescimento da economia britânica, mas manteve inalterada a taxa de juro de referência no mínimo histórico de 0,25%.
Pound Slides After BOE Keeps Rates Unchanged, Warns “Little Closer” To Limits Of Inflation Tolerance https://t.co/WcP3lqOpBe— Joseph Vainsberg (@Anti1802) 2 de fevereiro de 2017
Para este ano, o banco central espera um crescimento de 2%, contra 1,4% em novembro. Para 2018 antecipa uma progressão de 1,6% e de 1,7% em 2019.
Mas o governador Mark Carney avisa que a saída do Reino Unido da União Europeia terá consequências: “Esta projeção mais elevada não significa que o referendo não terá consequências. A incerteza sobre os futuros acordos pesa sobre o investimento empresarial, que tem sido estável desde finais de 2015. Nos próximos três anos, este investimento empresarial deverá ser um quarto inferior ao previsto antes do referendo, com consequências para a produtividade, os salários e os rendimentos”.
Apesar da vitória do Brexit, a economia britânica mostrou-se resistente, mas a inflação subiu e vai continuar a subir.
O banco central prevê que a taxa atinja os 2,8% em 2018, antes de começar a recuar ligeiramente.
Mark Carney adianta: “O caminho do Brexit está apenas no início. O percurso é claro, mas haverá altos e baixos. Independentemente dos acontecimentos, a política monetária será definida para que a inflação regresse à meta sustentável, enquanto apoiamos os ajustes necessários na economia”.
A subida da inflação é o resultado da desvalorização da libra, que desde junho perdeu cerca de 20% face ao dólar. E esta quinta-feira recuou mais um pouco.
Até agora o consumo impulsionou o crescimento, mas antecipa-se uma estagnação dos gastos das famílias.
Face às incertezas, o banco central mantém também o seu programa de compra de ativos no montante de 435 mil milhões de libras.