Combater as notícias falsas. Em causa está a democracia, foi por isso que o parlamento britânico abriu uma comissão de inquérito para investigar o fenómeno que se tornou mais frequente nos últimos tempos na internet e nas redes sociais, em particular.
A disseminação de notícias falsas ganhou destaque durante a campanha para as eleições presidenciais norte-americanas.
“Estamos a falar não só sobre histórias inventadas ou falsas – essas sempre estiveram entre nós – o que agora estamos a falar é da possibilidade de um grupo em particular, partidos políticos, países, montarem redes inteiras de notícias falsas. São sítios da internet que as produzem, outros que lhes dão eco e as campanhas das redes sociais que produzem e repetem”, explica Anne Applebaum, perita em notícias falsas.
O exemplo de uma notícia falsa é a de um texto publicado na internet que referia que uma igreja de Dusseldorf, na Alemanha, foi incendiada por um milhar de muçulmanos. Na verdade foi alguém que disparou fogo-de-artifício contra a multidão na véspera do ano novo.
A notícia falsa foi publicada 17 mil vezes.
Mas já há mecanismos para combater o fenómeno, a ONG com fins não lucrativos Correctiv.org já está em cima do assunto.
“Nós observamos e verificamos se é uma notícia falsa. E sempre que um texto deste género aparece no facebook, uma pequena janela aparece a informar as pessoas que a informação no texto é contestada por verificados de factos”, diz David Shraven, jornalista da Correctiv.
Governos, instituições, redes sociais e mesmo jornais estão atentos e são muitos os que já começaram a trabalhar para combater o fenómeno de desinformação que pesa nas decisões que os cidadãos tomam todos os dias.