O Canadá pretende manter uma boa relação comercial com os Estados Unidos, mas, perante a renegociação do acordo de livre comércio da América do Norte (NAFTA) pedida por Donald Trump, avisam: há outros mercados internacionais importantes que não vão marginalizar como o europeu e, claro, o asiático.
O primeiro-ministro canadiano reconhece a importância do “vizinho” do lado, para onde o país negoceia quase 80 por cento das exportações e sublinha que “milhões de bons empregos da classe média de ambos os lados da fronteira dependem dessa relação comercial próxima”. “E isso tem estado no foco de todas as negociações” com a nova Administração norte-americana.
Apesar desta assumida interdependência comercial com os Estados Unidos, Justin Trudeau, o chefe do governo canadiano, sublinhou, por exemplo, a importância da assinatura do CETA, o acordo comercial com a União Europeia, que abre ao Canadá as portas de um mercado com 500 milhões de consumidores.
“Sabemos que intensificar as nossas ligações às economias emergentes da Ásia é outro passo importante para garantir mais emprego e prosperidade para o Canadá. E é isso que vamos continuar a fazer”, acrescentou justin Trudeau.
O primeiro-ministro canadiano sublinhou ainda o facto de as empresas exportadoras, por norma, pagarem melhor que as não exportadoras e com isso justificou a necessidade de diversificação e aumento das possibilidades do comércio externo do país.
O TTP (Parceria Transpacífico) e o CETA, com a União Europeia, revelam-se, por isso, dois dos negócios mais importantes da atualidade para o Canadá.